Desde há uns tempos para cá tenho-me intrigado com um assunto que acho extremamente importante, e que anda, a meu ver, a ser negligenciado por grande parte da população portuguesa. Felizmente há umas semanas atrás o nosso primeiro ministro fez umas curiosas afirmações sobre essa mesma temática, e lá vieram as mentes iluminadas do nosso país dizer: "á e tal... se calhar o homem até tem razão". Estou precisamente a falar da nossa liberdade (libertinagem) de imprensa, e da forma totalmente desenfreada, despropositada, e de muito mau carácter, que alguns órgãos de comunicação social usam para manipular as massas, e fazer delas o que bem desejam (ou pelo menos tentam).
Nos tempos idos, e não saudosos, da ditadura Salazarista e Marcelista, a censura de imprensa conseguia através de um apoio total por parte do governo, e da conivência das autoridades competentes, filtrar e manipular toda a informação que chegava á população, sabemos hoje os efeitos nefastos, e a estagnação intelectual que isso provocou no nosso povo.
Agora que passaram 35 anos do "25 de Abril", olhamos para trás e vemos tais acontecimentos como uma barbaridade e absolutamente descontextualizados de um estado de direito, e de uma democracia como a Portuguesa. Pois eu pergunto:
- Será que o que hoje em dia assistimos não é igualmente grave?
- Será que esta libertinagem de imprensa não provoca os mesmos efeitos nefastos na população?
- Será que é este o jornalismo idóneo e imparcial que uma democracia almeja e defende?
Não, não é, nem nunca será. O que hoje assistimos é grave, é um jornalismo cheio de interesses ocultos, cheio de intencionalidade, e com muito pouca imparcialidade, o que vemos é uma total manipulação das massas, e na minha opinião, todos estes factores prejudicam gravemente o país, e agudizam o estado de baixa moral e de preocupação com que se encontra o povo Português.
Todos sabemos que a situação não é famosa, e que todos os dias surgem noticias alarmantes acerca da grave crise económica, financeira e social em que nos encontramos, mas será que o povo não está saturado de ouvir o mesmo todos os dias, de manhã e á noite? Será que os órgãos de comunicação social (sem encobrir a realidade) não podiam ter nesta fase um papel motivador, e que impulsionasse o espírito de luta, de dinamização, e de auto-superação que existe em cada Português?
Na minha sincera opinião, acho que podiam e deviam fazê-lo, mas é só a simples opinião de um jovem, que ainda tem muito a aprender sobre "pseudo jornalismo".
Para finalizar deixo uma pequena sugestão. Já que não podemos controlar o que os media escrevem ou dizem, podemos controlar e seleccionar o que ouvimos e lê-mos, SELECCIONEM A INFORMAÇÃO, pode ser que diminuindo o share de certos canais, e a venda de alguns jornais, esses iluminados percebam o mal que nos estão a fazer.
Como alguém disse...
"A liberdade de um murro acaba no nariz da outra pessoa."
Emanuel Moreira
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